terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Ainda que breve


Não dispensarei a exigência do respeito mas,
Com a graça que me é conveniente, te permito
Que me faças a mais profana das mulheres,
Que sejas senhor do meu ávido corpo,
Que me tomes generosamente Perdido
Da tua faculdade tão peculiar,
Que é a razão.

domingo, 22 de novembro de 2009

Invasão Vitoriosa!


Um rosto cujos sóis atrevidos ao longe me desnuda.
Maneja-os tal e qual a espada, ação que me consome;
Pioneiras bandeiras serão fincadas com a boca carnuda;
Estou à mercê do barco que navega nas águas do seu nome.

Vejo o abraço de que ele é capaz;
Largo, enlaça meu litoral até não poder mais!
Aprofunda e percorre meus vazios sem paz!
Desabitada há tempos nada vinga ou satisfaz.

Mar bravio, língua que extenua!
Ondula vociferante na cavidade nua
Tento resistir, mas minha lua é doce...
Aguardo estrelas que ele me trouxe...

Doa o céu dos lábios e encontra o seio,
Provoca meu riso sem freio,
Salpica seu domínio e me destempera.
Realiza a mistura sem espera.

Suor gotejando na geografia,
Cobrindo o mapa e a guia,
Vencendo o território da minha filosofia...
Completamente sitiada pela sua orgia!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Sob o predicado do Amor Fatii


Firme madureza que não pode ser medida

olhos que já se perderam em horizontes

podem vestir a libertina insana insensatez

sem medo e sem culpa com a cinta-liga e com a fantasia

e os tão lúdicos fetices de sua nudez

avassala a boca brincalhona na sábia arte de enclausurar

faz desenhos que só o amor pode inventar com a saliva floreante


Ah mulher que se veste com a sua própria pele

Sabe bem o que e quem repele

Faz seu carnaval

Dá aval para a sua própria carne

mesmo que o apetite seja despetalar sua rosa anal

mesmo que o membro seja longo

mesmo que as horas sejam curtas

na esquina do destino inexorável...

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Cumplicidade!


Ela tinha curvas generosas,
Sabia se abrir como as rosas,
Devagar e lentamente
Brincando de inocente

Seios procurando o céu,
Gruta exalando mel ,
Senhora de si na atitude
Era a maior virtude.

Lá foi ela reencontrar o amante!
Cheia de sumo que goteja,
Vestida com calcinha infante,
Convidaria para uma cerveja...

Saudade do membro... inventa desculpa
Faria tudo outra vez e sem culpa!

Chama para serem reincidentes
No crime do explicito qualificado
de horas de sexo côncavo e convexo
cuja arma é a pica dele e seu sexo...
e a pena é o êxtase complexo...
um fervor no plexo....
desatinadamente cúmplices sem nexo!

domingo, 18 de janeiro de 2009

Um regard mauvais!














Enquanto ele chega por trás resoluto!
Ardendo com ânsia de absoluto.
Seja oblíqua, transversal!
Sem mostrar sua tara descomunal!

Não conte sobre sua fantasia.
De ser masturbada numa roda-gigante.
E que deseja com alegria
Ser apalpada em cima do elefante.

Não revele seu segredo...
Que está contido no grelo...
Que você vibra no gozo com o dedo
Solta um grito de dar medo...

Minta sobre seu pudor
Invente uma casta mulher
Que não seja exposta como colher...

Ai quem sabe um dia qualquer...
Faça tudo se tornar revelador
Uma mulher que é veloz com o andor!

Arte amante!

Se Jane Austen eu tivesse lido.
Talvez o tivesse reconhecido.
Ele é um tipo sério e inibido.
Exala orgulho como libido.

É tudo fachada nesse outdoor.
Actually, ele é um fodedor-mor.
Sem perhaps, ele arranca!
Crava logo as mãos na anca.

Põe você com a bunda no céu e de quatro.
Não economiza as horas para o trato.
Desembainha a pica ereta no quarto.
Empunha ferozmente até ficar farto.

Convulsivo ele explode!
Mas ele não para, a fode!
Pega as suas mãos e a obriga!
Abre as suas pregas e irriga!

Lambeu depois com uma força motriz.
E como um Último Tango em Paris...
Ele pegou manteiga.
Lambuzou onde não se é meiga.

Lembrou-me a fase rosa de Picasso.
E fez arte como um palhaço.
Dedou com muito amasso.
Brincou com o seu traço.

E lá fui eu me fazer de colombina.
Encenar o papel que ele me ensina.
Mesmo que ele não queira, me ilumina.
Nasce a mulher com alma de menina...

Sexo com esse homem me colore...
Faz com que eu cante, ria e chore...
Gozo por tanto lugar...
Minha vida ganha mais ar...
Mais arte de amar...

Id in concreto!


A arte é meu id in concreto...

São os amantes que nunca tive...
gozando de um sexo que nunca fiz…

Prazer inventado com a tinta
das mil possibilidades do papel
em branco,
ou em negro...
ou nas cores da verdade conveniente!

Eu escrevo com vários egos
e os encontros me encontram...

Posso ser pornográfica
e criar a porra on the rocks...
com a qual me embriago…
Posso ser enigmática
e me vestir de várias personas
usar chicotes, máscaras...
ou simplesmente a nudez

Seios intumescidos e delirantes
Buceta encharcada...e apertada
Falos desinibidos!
Almas escancaradas...
em niilismo afirmativo…
Dou vazão nos meus cenários...
Anseio por sinônimos em dicionários...
O que possa exprimir e expor
o pior e o melhor que há em mim
desejo que sangra intermitente...
insaciável sem ser negligente...
eu me seduzo com os verbos
tanto ou quanto uma cama quente pode conjugar
desde que seja voraz....sagaz...
desde que não satisfaça...
pois o vazio é o poço do infinito...
eu não quero rótulos e nem caixões...
só quero as pequenas mortes...
em várias explosões...

Casual Original!











Talvez ele sinta necessidade pelo inédito,
E a paixão seja realmente fruta roubada.
Por isso eu lhe dei todo o crédito,
E me entreguei naquela madrugada.

Era primeiro de janeiro e com chuva,
Tocou o telefone! Era aquele menino!
Disparou sem pelica e sem luva:
- Quero o seu desatino!

Eu peguei o carro e me senti num rally!
Por caminhos interrompidos, eu cedi!
E chegando na praia estávamos a sós!
Nos entregando como girassóis!

Eu me abria sem pudor !
O zíper dele descia com furor!
Deitamos lá no banco de trás!
Ele buscava meus seios e queria mais!

Sugava com ardente desespero!
Ao mesmo tempo em que enfiava!
Como quem salpica um tempero!
Ele me desafiava!

Entra e sai... ele brinca demais!
E eu desejosa, grito por mais!
Muito mais novo ele é!
Mas com ele sou mais mulher!

Eu me lembro de sua tatuagem.
E não foi feita por bobagem!
Um Buda estampado na perna!
E não foi feita na caserna!

Um rebelde isso é o que ele é!
Ao mundo quando Aquário ascendeu.
Ele veio, e tudo aconteceu.
Menino crédulo e cheio de muita fé!

Hay que ser duro!
Hay que ultrapassar o próprio muro!
E assim ele me viola.
Adora meter vendo a minha cola!

Uma pica gostosa de se atrever!
Come a minha concha até amanhecer!
É tanto atrito, tanto suor, no calor de limitações espaciais.
Ele tanto inventa posições, e nós, estamos tão sensuais!

E eu quero devorá-lo com fome!
E ele quer que eu lhe tome!
Beba tudo no gargalo!
Lambendo até o talo!

Um menino que é cult, original e elétrico!
Faz sexo nos tornar arte!
Age como uma alma que não se parte!
Imprime um ritmo frenético e nada patético!

Vem meu gozo celestial e sublime, por vezes diversas.
De tanta pica, dedo e língua ele me deu.
Solto um uivo de êxtase vindo de minhas águas submersas.

Suados e exaustos de tanta foda...
Ele vira pra mim e me poda.
Somos apenas amantes casuais!
Não somos como os outros casais!

Eu lhe digo:Você é quem projeta compromisso!
E que a nossa história não passará disso...

Nessa hora se encontram as bocas.
Se ligam numa terna despedida.
Um adeus sem nossas roupas.
Ou talvez um até logo sem medida!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Mulheres Mascaradas!














Elas não tinham rosto...
Tinham é muito gosto
Ele as queria mais do que nunca
Beija-las dos pés à nuca.

Usavam máscaras para ocultar
As mulheres que são sem par.
Iriam com ele se encontrar
Numa rua deserta perto do mar

Saltam do carro apenas de casaco
E começaram a lhe chupar o saco
Abriram zíper e colocaram pra fora
Lamberam o pênis dele com muita demora

E ele delirava com o revezamento
Elas se beijavam e o beijavam a todo momento
Se tocavam e o tocavam com movimento.

Até que ele ordenou:
- Quero esporrar nos seios!
Elas assentiram sem meneios.
Se entregaram sem freios.

Depois de se refazer, ele as pegou
Uma ele encostou na parede
E com pau duro a currou.

A outra a tudo assistia
Estava molhada e com alegria
Fumando um cigarro sem timidez
À espera de sua vez.

Ele estava com disposição
A colocou no chão
Abriu suas pernas e a comeu
Bem forte meteu

Era apenas uma fantasia
Mas ela se realizou
Duas mulheres num só dia...

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Aventurar!

Você
conhece
o verso
e o anverso
da minha alma, cada milímetro cúbico
da minha humanidade.



E eu espero
curiosamente
você escalar as montanhas dos meus seios.

Desejo apaixonadamente
que seu lado arquiteto
projete sobre meus flancos
arrepios de prazer.

Brota das suas mãos toda arte sedutora que faz pintar em mim:
sua musa domesticada,
o verbo amar rasgado.

Ecoa sua voz nos meus ouvidos
soando como ondas turbulentas do mar.

Compensa minhas carências e meus vazios
com teus fluxos, contínuos, vivos e potentes.

Entrega seu afetuoso olhar, me analisa e me consome.

Não se irrite com meus caprichos, minhas manias idiossincrásicas.
Não me torture com seus indiferentes silêncios...
Preciso da sua fome exasperante lambendo meu pescoço
acariciando minhas pernas...
As minhas fraquezas sem reservas
clamam pelos seus tinteiros,
que seu lado escritor traduza os mistérios
da minha vulva
absolutamente colorida
com a saliva salgada do seu gosto.

Como aventureiro viaja nas minhas entranhas
crava o mastro da sua bandeira
após a descoberta da minha excitação.

Sou como a terra fértil
dotada de sulcos e vales
pronta para ser semeada, arada e colhida...

Sou como o céu estrelado
ilimitadamente cheinha de pontos
a serem visitados, desbravados e sentidos.

Não se furte... da doida mulher que sou...sempre...
esperando ser

Investigada
erotizada...
deliciosamente
penetrada...
só e tão somente por você...

Ao Deus Baco por prazer!


é imperativo que a minha vida seja prazer
que eu tenha o vinho na boca
em todo anoitecer
e que Dionisio tire a minha roupa
e eu dance feito louca
sobre seu corpo sem arrefecer...
não posso conceber e nem me parir
sem este deus que me namora
que seria feito dos dias sem rir
que seria feito das tardes sem a demora
que seria feito das noites sem a aurora
quero o brilho do desatino
quero o despropósito do libertino
quero o cântigo do destino
ser amante de um deus pagão
que se dane se eu crio confusão
carrego a crença no sopro do vento
no levitar de asas
ele que puxe o carretel
e me dê a medida do céu
a cada momento...
ou que me dê falo nas minhas casas
por ele vou entoar linguas com mel
e me esparramar em um docel...
as minhas pernas irão florir
como rosas dengosas
e os meus seios se porão a rir
como pássaros em prosa
pronta para a invasão, não me calo
solto todos os uivos incontidos
uma alma ansiante pelo deus falo
ferve de tantos poros desinibidos
Oh Baco se assenhore de mim
me tinja com a cor carmesim
me deixe com a face gozadora
de uma fiel adoradora...
até o fim...

sábado, 3 de janeiro de 2009

Subjugada em verbos!


Nunca fiz diferente...
a coroa reluz contente
a face traduz o indecente
E o verbo ditar sempre recorrente...


Contumaz , manuseio o meu chicote.....
Mas hoje estou cheia de fricote...

Nego a faceta de ser o tipo de mulher :
Soberana quando bem quer
Atirada para eu quem quiser
Ignorando o mal que me quer...
Oculto o desejo de obedecer...


Nunca tive um consorte...
Que me fizesse enlouquecer...
Eis que surge..a sorte...
Personificada sem arrefecer...

Me dê o papel de :

Alma trêmula...

Alguém desafia a dor...

Espera sem temor...

Aquele que emula...


O tipo algoz ,
visceral e atroz
Impondo a voz...

Que me faça dócil..
no Ócio...
e no cio..
servil de um ser vil.... que :

me submete ,
me reflete....
me inverte...


que :
me faz gueixa...
sem queixa..
amarre minha madeixa...
e que não me deixa....


Clamo :
me acorrenta
me experimenta
assim tão escrava
me crava
me trava

assim tão sedenta
de estar atada
de estar subjugada...



Imploro :

explore-me no drama
dissolva-me na trama

Rogo :

me derrama...
seu furor
seu esplendor...

Venha ,e :

cala a minha boca...
com o falo
com o palo

Sê duro..
Sê seguro
e, com toda força...
força minha entrada
minha entranha

Quero :

forca...sua
me põe nua
no anseio pela corda
me morda o seio
me exorta
me entorta
até sangrar
com o prazer de ter seu jugo sincero....
seu ardente esmero.....


me perdoa
me doa
me chora..
não tenho hora....
não quero ir embora.......

Mulher de Indra!

Hoje acordei tão mulher de Indra
doida para ser entrelaçada

vivendo léguas da fase azul de Picasso

tão plena de cenário

usufruindo das sutras

aprendendo o seu kama

será noite com a lua tão escorpianamente cheia...

visitando o meu mapa na casa 8

convidando veementemente para o coito

podemos fazer uma ceia

e seguir trocando o que incendeia...

o beijo retribuído

inclinado ou lateral

nada é proibido

pode me virar de ponta à cabeça

qualquer coisa que o enlouqueça

estou tão resolvida

que me permito

ganhar abraço do Jaghana

e depois receber o afago em meus cabelos espalhados

em meus pêlos eriçados...as pinceladas de borboleta

serão a minha resposta

porque eu sei que você gosta...de uma mulher como eu

tão vivaz e exposta

que pede bis da sua maestria

quem dera fosse todo dia....
(foto Paul Bolk)

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

D.Conceição esposa do Capitão!

Aconteceu no último verão
Parece coisa de filme ..
Mas não é não..

Cansada do marido
Que não comparece
Nem mesmo com uma prece..

A Srª Maria da Conceição
Jovem esposa do Capitão
Resolveu chamar outro de querido

naquela bela tarde
a mulher sem alarde
e com tesão que arde


colocou seu melhor vestido
um que a fazia parecer nua
sem ser muito perua


Já tinha assistido
Filmes com a Deneuve
Por isso não se conteve

Ganhou a rua
Não pensou
Tanto tempo sem receber

Sempre foi muito na sua
Um ar de quem sempre desprezou
Agora no atraso

Ia ter um caso
Saindo do seu ocaso
Afinal plena de orvalho

Precisava urgente :
um caralho indecente
pois já estava mal


sem pica , pau
lança , espada , punhal...
língua , dedo etc.. e tal..


mulher safada
não cansa...
ama sexo oral....

pobre capitão de corveta
parece ter esquecido
há muito não lhe vê a cor da teta..
há muito não lhe vê a cor da buceta.

Há muito não bate a continência
Há muito só sente a intumescência
Como mera reminiscência...
De um passado febril...

sem seu esposo em seu leito
os bicos eriçados de seu peito..
ansiavam por uma boca raivosa..
despejando saliva toda gostosa...


foi no cinema no centro da cidade
que dona Conceição o encontrou
meio velho, meio baixinho, cabeça de ovo
mas parecia filme de horror

não não era Monsieur Poirot
Chamava-se Sr. Nônô
sentou-se ao seu lado quando mal a tela despontou

a cena de sacanagem... logo o estimulou
D. Conceição que não se faz de rogada
Olha-o com cara de tarada

Permite que a mão esbranquiçada
Gélida e com dedos cumpridos
Toque o tecido do vestido

E assim os bicos sorriram contentes
Mostrando o quanto estão presentes
Mas logo estava ele se abaixando
Procurando o meio de suas pernas
Afasta a calcinha para o lado
E põe-se a lamber empolgado
O bigodinho fino roça
E se mistura com os apelos
Dos pelos de Conceição
Que começa a gemer de tesão...

Lambe, lambe, lambe
Tira a teia
Me incendeia...


O Sr. Nônô puxa Conceição
E segue lambendo no chão....


Como tomou uma azulzinha....
Logo colocaria a sua piquinha...
À disposição...

Mas o, Sr. Nônô não era do tipo avantajado...
Não tinha um cajado.

Como não é o tamanho da varinha
E sim a mágica e a fantasia..que faz
Conceição se sentiu toda molinha..

Entre dedadas, picadinhas e lambidinhas...
Gozou, gozou, gozou...
Até não poder mais...

Com o estranho desconhecido...
Que encontrou no cinema proibido...
E sem que nunca o marido
soubesse que nas tardes semanais
Conceição provava de outros canais...

Assim o Sr. Nônô era seu contumaz frenquentador...

E Dona Conceição pensou de que adianta marido bonitão
se não dá conta do meu tesão....
melhor um velho babão...

Um Madrileño!

Eu saí quase que de madrugada de casa. Jamais poderia imaginar que em poucas horas algo inusitado iria acontecer na minha vida. Eu iria reencontrá-lo, iria buscá-lo depois de meses teclando, depois de horas e mais horas faladas pelo telefone. Ele veio ao meu encontro, largou seus medos e seu desejo inexorável de controle absoluto de todas as situações. Finalmente ele cedeu à tentação de adentrar no meu território, completamente confiante. Deu ouvidos ao Eros.

Nós nos conhecemos quando eu estive em Madrid. Era meu último dia lá naquela cidade antes de retornar ao Brasil. Estava procurando livros de clássicos para aprimorar a fluência na língua. Bem, eu o vi quando ele segurava Fausto de Goethe, um dos livros que eu tinha a intenção de comprar, eu já tinha pego Crime e Castigo.

Virei para ele e perguntei se ele realmente iria levar o livro. Vendo o livro de Dostoievski na minha mão ele me perguntou se eu conseguia ver similaridade entre o Dr. Fausto e Raskolnikov em um tom desafiador. Respondi que na minha visão uma similaridade residia na redenção, de uma forma ou de outra foram homens que se redimiram através do amor. Bem depois que eu disse isso ele me olhou surpreso e eu o convidei para um café, para continuarmos o assunto e ele não conseguiu dizer não, seus olhos pareciam ansiosos por isso. Tínhamos apenas algumas horas antes que eu voltasse para o Brasil. Conversamos longamente como se fossemos velhos conhecidos....Agora ele estava chegando...

Estacionei o carro na garagem do aeroporto. Eu vestia um vestido azul decotado o suficiente, tal e qual ele queria e imaginava. E pasmem resolvi abandonar a calcinha por mera conveniência, porque simplesmente eu queria me exibir, queria mostrá-lo como estou molhada e louca para sentir seus dedos. Fechei a porta do carro e fui andando até o desembarque dos aviões provenientes de Madrid...

Lá estava ele atravessando a porta de desembarque trazendo apenas uma mala com rodinhas, com a sua brancura tão esperada por mim e seus olhos me procurando, como quem procura o desconhecido, com um misto de insegurança e desejo. Eu chego perto e olho em seus olhos...ele não se contém e me beija...beija longamente... a língua quente e deliciosa...vai me invadindo e o frio da noite foi embora dando lugar para um calor interno... Ao mesmo tempo senti o volume da sua calça. Ele havia ficado excitado... Ainda bem que a calça jeans disfarçava. Fomos andando meio perdidos, olhando o tempo todo nos olhos um do outro e ao mesmo tempo completamente sem graça...

Chegamos no carro e voltamos a nos beijar. Era muito cedo e tinham poucos carros no estacionamento. Os beijos foram ficando mais intensos e de repente senti sua boca buscando o bico do meu seio, ao mesmo tempo eu passava a mão sobre a sua calça.

O falo estava duro como uma pedra, eu olhei para os lados para ver se via alguém e abri o zíper da calça dele. Coloquei-o para fora e comecei a chupar com vontade, com desejo, com ansiedade.

Enquanto eu o chupava, ele resolveu descobrir o meu segredo : que eu estava sem calcinha e completamente molhada. Ele a vê , a minha fenda vermelha, coberta com poucos pêlos. Ele começa fazendo carinhos provocativos no grelo, bem de levinho. A esta altura já tinhamos arreado os bancos do carro e estávamos numa espécie de 69. Ele ficava brincando com a minha buceta,enquanto eu me perdia no pau dele.

Até que ele começou a enfiar os dedos. Primeiro ele enfiou um e depois dois ao mesmo tempo estocando até a o fundo e eu gemia como louca. Depois ele colocou a língua.

Lambia gostoso só com a ponta da língua como se estivesse fazendo uma pintura com a sua saliva. Até que eu gozei como um bichinho segurando para não gritar. Depois que eu gozei ele me vira e me coloca deitada, e passa a meter com força o seu pau.
Mete muito e cada vez mais fundo até gozar com jatos , muitos jatos do seu gozo...
E ele começa a dizer coisas intraduzíveis com seu espanhol carregado.

E pensar que éramos sempre tão amigos e tão filosóficos sempre que conversávamos na virtualidade. Para quem me dizia que sofria de misantropia crônica, percebo que ela era pura falácia. Antonio tinha mesuras quando o assunto era sexo, talvez uma estratégia, como se escondesse algo de muito precioso. Sempre mantendo seu mistério e isso me atraiu mais do que nunca.


Ele pôde ficar uma semana comigo, depois partiu para São Paulo para resolver questões profissionais... e eu sonhando com um retorno meu a Madrid em alguns meses só para reencontra-lo mais uma vez. Ficaria novamente hospedada no Mayorazgo, perto da Gran Via...imaginando, como uma criança que adora ganhar presentes, os passeios com ele até o Museu Prado...até Puerta del Sol...comer tapas... beber copas... e Antonio..meu inesquecível amante amigo.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Mulherzinha!


Para alguns sou sábia..
Para outros estou no topo...
Não caio em qualquer lábia.
Conheço as fábulas de Esopo...

Mas eu queria mostrar meu lado frágil...
Que às vezes é pouco ágil...
Pensei com meus botões...
Como seria ter você no meu lar...
Recebendo seus apertões...
Estar debaixo do mesmo teto...
Uma vida in concreto
Ardendo em puro festim
com lençóis de cetim...
sedas orientais...
comidinhas especiais...

Submissa... aceitando tirar o vestido que escolhi....
Por causa de um ciuminho seu.... achando que me excedi...

Adoraria ser sua coquete , seu bibelô,
Sua barbie , sua bonequinha.... Seu bateau...

Esperando quietinha você pra brincar...
E se na madrugada você fosse me acordar...
Ficaria eu com as perninhas abertas sem hesitar

Seria a fêmea perfeita cheia de cio pra copular..
Não esperando nem mesmo ser refeita...
Pois seu pau veio aqui pra ficar...

Mete mesmo mete o pau Ele é seu...
Pois a concha sou eu...

E de quatro minha anca carnuda estaria sorridente..
Eu não ligaria nem um pouco
Se você tivesse a tara de dar um tapa na cara desta indecente....
e num riso rouco... ver você se alegrar....

Desejaria ser a sua vaca peituda...
mas deixaria claro que sou quem vai ordenhar..
Tirar todo o seu leite...muito tesuda...
Espremer até você pedir para parar...
Deixaria seco o seu falo...
Chuparia até o talo...
Até você não agüentar....

Seria como uma Rainha de Copas...
cortaria sua cabeça....
De forma que você endoideça...
Disponho de duas loucas bocas...
me servem como...afiada guilhotina...
Arranco com força toda libertina..

Adoraria que você fosse o meu macho..
Me penetrando com seu facho...
Me iluminando com a sua luz..
Você ...uma alma que me seduz....

Deixe-me ser essa cortesã...
Ser sua cama , sua mesa , seu afã..
Ser.. uma mulherzinha pura e simplesmente...

Não ser só essa mulher....nas camadas do seu..inconsciente...

Ousadia!


Digo o que sinto e o que penso,
me desnudo quando você me pede, exige e quer

apesar das gabolices do meu temperamento,

deixo explodir a lava incandescente do meu vulcão interno,

por você honrosamente ativado...

Assim como não se pode conter o curso das águas fluviais,
é impossível, deter, reter, destesar meus líquidos naturais,

tamanha é a obstinação desabrochada no meu desejo...

Minha oca virtude se regozija diante do seu belo falo,
contundente e cruel,
é a sua língua ferina que me provoca
melodiosamente,
ora sugando,
ora vagarosamente
lambendo,
ora acintosamente beijando-me.

Quero atravessar as barreiras de suas roupas,
invadir seus dois palácios,
adentrar nos seus ermos campos...
engolir seus doces esguichos seminais...

Deixe-me colorir o cinza da sua vida,
fazer um filme proibido,
tornar inédito nosso caso,
um mero rabisco em plácida arte,
transformar o insosso em saboroso,
o trivial em frugal o fullgás em eterno.